sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Escuro

Vejo-me no escuro. Não te vejo.
Toco o escuro. Não o sinto.
Saio, passeio e… volto no escuro.
Escrevo, rasgo e… reescrevo no escuro.

Vejo o escuro
à frente, à trás e no ponto final;
na voz, na música, e na luz apagada;
na parede, no tecto e no manto de escuro.

Viajei e contemplei,
toquei e senti o escuro.
Abracei e beijei,
Sonhei e amei no escuro .

Despertei-me num escuro ausente.


Teodoro da Silva Correia

Sem comentários:

Enviar um comentário