sábado, 27 de junho de 2015

Xintido sustedo

N'gadanha cada dia ki manxi
Pa n'ka kai na desgosto
Di ka sta pegadu na bu corpu
N'karapati na sonho
Pa n'ka kai na ka'sábi
Di ka sta prendedu na bu petu
N'rakatxa kontra tempo
Ki ka sta deixa'm anda pa freti
Ta djobi si bu ka sta nha tráz

N'susti noti, n'susti dia
N'susti hora, n'susti bu foto
N'susti desejo, n'susti xintido

Teodoro da Silva Correia

sábado, 13 de junho de 2015

Mô doxi

Dá-me mais do que um pingo de água,
da boca do pote que ali está.
Se a tua mão é doce, ternura será.

Não me deixes ficar, plantado à porta,
Manda-me entrar para baixo da tua sombra
Se o brilho dos teus olhos faz-me transpirar
A sombra do teu olhar dar-me-á descanso

 Enquanto escrevia isto ocorreu-me  "da-m bu mô", minuto 4:30  (musica de Tcheka Adrade)
Teodoro da Silva Correia

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Atrás (do tempo)

                                                                                                                                         para uma moça qualquer
O tempo, virado para frente, está sempre a andar. Não corre atrás de ninguém.
A ponta do ponteiro do relógio - às voltas, endoidecida - corre infinitamente atrás do tempo.
E eu, vejo-te um dia, de pé, olhos no pulso, a ver perdidamente para os ponteiros do relógio.

Teodoro Correia